EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
PEDRO JACOBI
Professor Associado da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação
em Ciência Ambiental da USP
prjacobi@terra.com.br
Pontos importantes destacados (não segue modelo de resumo, resenha ou fichamento, são anotações para uso pessoal e da equipe de trabalho)
☻ Conjunto de atores do universo
educativo;
☻ Perspectiva interdisciplinar;
☻ Educação ambiental relacionando o
homem, a natureza e o universo;
☻ Produção de conhecimento deve
contemplas as inter-relações do meio natural com o social;
☻ Novo perfil de desenvolvimento
com ênfase na sustentabilidade socioambiental;
☻ Impossível resolver os problemas
ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos
sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela
dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do
desenvolvimento;
☻ Produção de conhecimento baseada
nos métodos da interdisciplinaridade e nos princípios da complexidade;
☻ Por ser um tema transversal, isso
possibilita experiências concretas de educação ambiental, de forma criativa e
inovadora;
☻ Educação ambiental baseada na
ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e
participação e práticas disciplinares;
☻ Pensar a realidade de modo complexo,
definindo-a como uma nova racionalidade e um espaço onde se articulam a
natureza, técnica e cultura;
☻ Diálogo e interdependência de
diferentes áreas de saber;
☻ Ações solidárias diante da
reapropriação da natureza;
☻ O desenvolvimento sustentável
representa a possibilidade de garantir mudanças sociopolíticas que não
comprometam os sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades;
☻ “Sociedade de riscos”, cenário
marcado por uma nova lógica de distribuição de riscos, que emerge com a
globalização, a individualização, a revolução de gênero, o subemprego e a
difusão dos riscos globais
☻ Mudanças na escala de análise dos
problemas ambientais (...) assimilados como parte da realidade global;
☻ Necessidade de praticas sociais
baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação
ambiental em uma perspectiva integradora;
☻ Promover o crescimento da
consciência ambiental, expandindo a possibilidade de a população participar em
um nível mais alto no processo decisório, como uma forma de fortalecer sua
coresponsabilidade na fiscalização e no controle dos agentes de degradação
ambiental;
☻ Democracia participativa;
☻ Defesa da qualidade de vida:
desenvolvimento sustentável;
☻ Educador: mediador na construção
de referenciais ambientais;
☻ Melhoria nos níveis de qualidade
de vida com a preservação ambiental. Surge para dar uma resposta à necessidade
de harmonizar os processos ambientais com os socioeconômicos, maximizando a
produção dos ecossistemas para favorecer as necessidades humanas presentes e
futuras;
☻ Nosso futuro comum: entre outros,
a necessidade de uma nova postura ética em relação à preservação do meio
ambiente;
☻ A ênfase no “desenvolvimento”
deve fixar-se na superação dos déficits sociais, nas necessidades básicas e na
alteração de padrões de consumo, principalmente nos países desenvolvidos;
☻ Acessibilidade e transparência na
gestão;
☻ Educação ambiental para criar
novos estilos de vida, que promovam uma consciência ética que questione o atual
modelo de desenvolvimento, marcado pelo caráter predatório e pelo reforço das
desigualdades socioambientais;
☻ A sustentabilidade precisa estimular
as responsabilidades éticas, reconsiderar os aspectos relacionados com a
equidade, a justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura
com o atual padrão de desenvolvimento;
☻ Propostas pedagógicas centradas
na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências,
capacidade de avaliação e participação dos educandos;
☻ Educação ambiental como um ato
político, voltado para transformação
social;
☻ Desafios para os educadores:
resgate de valores e comportamentos (confiança, respeito mútuo,
responsabilidade, compromisso, solidariedade e iniciativa), estimulo a uma
visão global e crítica das questões ambientais e a promoção de um enfoque
interdisciplinar que resgate e construa saberes;
☻ Educação ambiental: educação para
a cidadania, consolidando sujeitos cidadãos;
☻ Busca da solidariedade, a
igualdade e o respeito à diferença;
☻ Entrelaçamentos e múltiplos
trânsitos entre múltiplos saberes;
☻ A escola como o espaço onde o
aluno terá condições de analisar a natureza em um contexto entrelaçado de
praticas sociais, parte componente de uma realidade mais complexa;
☻ Educação ambiental como um
processo permanente de aprendizagem;
☻ A educação para a cidadania
representa a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para
transformar as diversas formas de participação em potenciais caminhos de
dinamização da sociedade e de concretização de uma proposta de sociabilidade
baseada na educação para a participação;
☻ Necessidade de enfrentar a
degradação ambiental e os problemas sociais;
☻ O meio ambiente como um campo de
conhecimento e significados socialmente construído, que é perpassado pela
diversidade cultural e ideológica e pelos conflitos de interesse;
☻ Questão ambiental é um problema
hibrido, associado a diversas dimensões humanas;
☻ Enfrentar a lógica da exclusão e
das desigualdades;
☻ Destacar os problemas que
decorrem da desordem e degradação da qualidade de vida nas cidades e regiões;
☻ Padrões ambientais adequados;
☻ Movimentos ambientalistas:
diversidades;
☻ ONGs atuando numa perspectiva
protiva e propositiva dentro dos moldes de sustentabilidade; credibilidade;
capital ético; intervenção na microrregionalidade (grupos e comunidades) o que confere
maior eficiência e agilidade; militância voluntaria não remunerada
☻ Forte relação entre degradação
ambiental e desigualdade social; Se o contexto no qual se configuram as
questões ambientais é marcado pelo conflito de interesses e uma polarização
entre visões de mundo, as respostas precisam conter cada vez mais um componente
de cooperação e de definição de uma agenda que acelere prioridades para a
sustentabilidade como um novo paradigma de desenvolvimento. Não se devem
esquecer, no caso, das determinações estruturais decorrentes de um sistema
globalizado, de um padrão de consumo que promove o desperdício naquelas
sociedades e segmentos que dele fazem parte, bem como a dualidade entre os que
“têm” e os que “não têm”.
☻ Os desafios para ampliar a
participação estão intrinsecamente vinculados à predisposição dos governos
locais de criar espaços públicos e plurais de articulação e participação, nos
quais os conflitos se tornam visíveis e as diferenças se confrontam como base
constitutiva da legitimidade dos diversos interesses em jogo, ampliando as
possibilidades de a população participar mais intensamente dos processos decisórios
como um meio de fortalecer a sua co-responsabilidade na fiscalização e controle
dos agentes responsáveis pela degradação socioambiental.
☻ Trata-se de criar as condições
para a ruptura com a cultura política dominante e para uma nova proposta de sociabilidade
baseada na educação para a participação. A educação ambiental, nas suas
diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para repensar práticas
sociais e o papel dos professores como mediadores e transmissores de um
conhecimento necessário para que os alunos adquiram uma base adequada de compreensão
essencial do meio ambiente global e local, da interdependência dos problemas e
soluções e da importância da responsabilidade de cada um para construir uma
sociedade planetária mais equitativa e ambientalmente sustentável.
JACOBI, Pedro. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n.118, 2003.

Estou convicta que mudanças, que visam um desenvolvimento sustentáveis só serão possíveis através de uma ação em conjunto do poder público, iniciativa privada, como bancos, empresas, universidades. Muito interessante as soluções propostas pela empresa Siemens, na área de planejamento urbano sustentável de cidades. Vale a pena dar uma lida.
ResponderExcluirhttp://www.siemens.com.br/desenvolvimento-sustentado-em-megacidades/
Alessandra Ribeiro
Alessandra, concordo com seus argumentos, mas acredito que o cidadão isolado muito pode contribuir através do consumo consciente. Acessei a leitura que você indicou e, de fato, são tangíveis as propostas da Siemens. Obrigada, colabore sempre que puder!
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