O autor aborda o tema BLOCOS
INTERNACIONAIS DE PODER, primeiramente admitindo que o ‘poder’ é dinâmico, o
poder acompanha as rápidas transformações mundiais ao longo da historia, alem
do que, o poder pode ser limitado a uma certa área de influencia, assim como
ser hegemônico em termos mundiais. Propõe-se um debate entre países do Norte e
do Sul, entre desenvolvidos e ‘em desenvolvimento’.
Destaque para o detalhamento dos
blocos. EUA, cujas crises tanto internas como externas tendem a aumentar devido
à concorrência com o bloco europeu e sino japonês. Estes que por sua vez, viram
na integração dos Estado, uma probabilidade de competir com a potencia
hegemônica que os EUA foram durante muito tempo. Difunde-se assim uma Nova
Ordem Mundial com a ascensão do bloco europeu, o fortalecimento do bloco
asiático e a crise no EUA.
Os blocos se expressam através de
acordos entre os países participantes. Pode ser um acordo simples de comercio
bilateral, como também pode ser uma ordem política mais complexa, como no caso
da UE. Os países componentes são levados aos acordos por interesses econômicos
em comum, mas também podem ter em comum interesses políticos e culturais, mas
isso não é uma regra. O caso do bloco europeu, é o maior exemplo da dimensão da
globalização, pois nele existem arranjos políticos, regimentos internos,
unificação da moeda, apoio financeiro entre os componente, alem é claro da
identidade europeia de seus cidadãos.
Os blocos são a única alternativa
para sustento da economia do Estado Nação, que se vê ameaçado pelas
multinacionais oriundas de outros países ou instituições como FMI e o Banco
Mundial. Sem a integração das economias, seria impossível manter concorrência
justa com os EUA. Enquanto isso, a divisão entre núcleo e perifica deve ser
repensada, pois a periferia encontra-se nas áreas desenvolvidas do núcleo e a
industrialização também já alcançou as economias periféricas.
Ainda sobre a UE, houve entraves no
inicio, por exemplo, com a relutância da Inglaterra em abrir mão da supremacia
nacional mesmo estando em crise; a padronização das tarifas e impostos;
partidos políticos sem propostas supranacionais, diferenças sociais e de
exploração de mão de obra entre os países componentes. Alem desses o autor
relata que a abertura das fronteiras para a livre circulação de pessoas pode
ter causar certa fragilidade quanto ao combate ao trafico de drogas e ao
terrorismo.
Quanto aos antigos países
socialistas, estes devido ao grande atraso tecnológico também buscam parcerias
para não entrarem em crise. No bloco asiático, destacam-se Japão e China como
núcleo para os tigres asiáticos, Austrália e Nova Zelândia. O Japão alcança
considerável desenvolvimento tecnológico por não ter tido a necessidade de
investir em armamentos, já que os EUA estavam presentes militarmente e, também
por um processo de reforma agrária que distribuiu melhor a renda. Os Tigres
asiáticos devem o sucesso do mini - bloco à política de exportação, com mão de
obra barata e investimento na educação, ali empresas japonesas e norte
americanas se instalam apenas para se beneficiar da mais valia. Este serve
inclusive como modelo para o Brasil que criou a Zona Franca de Manaus, como
polo industrial com mão de obra barata e isenção fiscal visando também aumentar
os índices de exportação.
COSTA, Rogério Hasbaert da. Blocos Internacionais de Poder. 4ª ed. São Paulo: Contexto 1994. Coleção Repensando a Geografia
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