terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Blocos Internacionais de Poder - síntese



            O autor aborda o tema BLOCOS INTERNACIONAIS DE PODER, primeiramente admitindo que o ‘poder’ é dinâmico, o poder acompanha as rápidas transformações mundiais ao longo da historia, alem do que, o poder pode ser limitado a uma certa área de influencia, assim como ser hegemônico em termos mundiais. Propõe-se um debate entre países do Norte e do Sul, entre desenvolvidos e ‘em desenvolvimento’.
            Destaque para o detalhamento dos blocos. EUA, cujas crises tanto internas como externas tendem a aumentar devido à concorrência com o bloco europeu e sino japonês. Estes que por sua vez, viram na integração dos Estado, uma probabilidade de competir com a potencia hegemônica que os EUA foram durante muito tempo. Difunde-se assim uma Nova Ordem Mundial com a ascensão do bloco europeu, o fortalecimento do bloco asiático e a crise no EUA.
            Os blocos se expressam através de acordos entre os países participantes. Pode ser um acordo simples de comercio bilateral, como também pode ser uma ordem política mais complexa, como no caso da UE. Os países componentes são levados aos acordos por interesses econômicos em comum, mas também podem ter em comum interesses políticos e culturais, mas isso não é uma regra. O caso do bloco europeu, é o maior exemplo da dimensão da globalização, pois nele existem arranjos políticos, regimentos internos, unificação da moeda, apoio financeiro entre os componente, alem é claro da identidade europeia de seus cidadãos.
            Os blocos são a única alternativa para sustento da economia do Estado Nação, que se vê ameaçado pelas multinacionais oriundas de outros países ou instituições como FMI e o Banco Mundial. Sem a integração das economias, seria impossível manter concorrência justa com os EUA. Enquanto isso, a divisão entre núcleo e perifica deve ser repensada, pois a periferia encontra-se nas áreas desenvolvidas do núcleo e a industrialização também já alcançou as economias periféricas.
            Ainda sobre a UE, houve entraves no inicio, por exemplo, com a relutância da Inglaterra em abrir mão da supremacia nacional mesmo estando em crise; a padronização das tarifas e impostos; partidos políticos sem propostas supranacionais, diferenças sociais e de exploração de mão de obra entre os países componentes. Alem desses o autor relata que a abertura das fronteiras para a livre circulação de pessoas pode ter causar certa fragilidade quanto ao combate ao trafico de drogas e ao terrorismo.
            Quanto aos antigos países socialistas, estes devido ao grande atraso tecnológico também buscam parcerias para não entrarem em crise. No bloco asiático, destacam-se Japão e China como núcleo para os tigres asiáticos, Austrália e Nova Zelândia. O Japão alcança considerável desenvolvimento tecnológico por não ter tido a necessidade de investir em armamentos, já que os EUA estavam presentes militarmente e, também por um processo de reforma agrária que distribuiu melhor a renda. Os Tigres asiáticos devem o sucesso do mini - bloco à política de exportação, com mão de obra barata e investimento na educação, ali empresas japonesas e norte americanas se instalam apenas para se beneficiar da mais valia. Este serve inclusive como modelo para o Brasil que criou a Zona Franca de Manaus, como polo industrial com mão de obra barata e isenção fiscal visando também aumentar os índices de exportação.
COSTA, Rogério Hasbaert da. Blocos Internacionais de Poder. 4ª ed. São Paulo: Contexto 1994. Coleção Repensando a Geografia

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