terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasil: Um território Desigual


Brasil: Um território Desigual
Título: “Industrialização: como afeta a economia e agrava a pobreza nas regiões do Brasil”

                No Brasil, vem ocorrendo nos últimos anos a descentralização da indústria, extinguindo a estrutura de arquipélago econômico. Como em todos os casos, as indústrias são atraídas para as periferias por incentivos fiscais, mão de obra barata, mercado consumidor, proximidade com as matérias primas e infraestrutura de transporte e comunicação. Vamos analisar a contradição entre a expansão da industria e o aumento da pobreza nas periferias.
                Esse processo migratório não alterou a divisão regional do trabalho que mantém a região Sudeste, mais precisamente o estado de São Paulo como polo industrial e econômico. A região Sul acompanha de perto o Sudeste nos setores econômico e industrial, onde o bem estar social atinge níveis mais elevados.
                Enquanto isso a região Centro-Oeste com um processo de industrialização tardio e concentrado em Goiás e Distrito Federal tem sua economia dependente do agronegócio que contribui com a pobreza ao massacrar os pequenos produtores que são expropriados e explorados. O agronegócio segue subjugando o Estado aos seus interesses, mas ainda assim, acaba sendo subjugado pelo capital industrial. As regiões Norte e Nordeste, mesmo com altos incentivos do Governo Federal, concentram as industrias respectivamente na Zona Franca de Manaus e na Zona da Mata, de forma que as demais regiões abrigam industrias de baixa tecnologia com emprego (exploração) massivo de mão de obra barata, que acaba por atenuar a pobreza em uma região marcada pelo contraste social.
                Percebemos que o Estado através de incentivos fiscais determina as regiões para as quais as indústrias serão atraídas, contudo o dinheiro empregado em financiamentos e subsídios à essas industrias é totalmente perdido se considerarmos que o lucro real permanece de posse das grandes corporações e o país só se beneficia com “status internacional”, onde as altas taxas de exportação elevam positivamente a balança comercial. A população fica carente de investimentos nos setores sociais, marginalizada a um programa de bolsas. Se os fundos públicos não fossem descaradamente destinados ao grande capital que se instala em nossas periferias, poderia ser investido em educação, que a meu ver, seria o caminho para o desenvolvimento do país.
Kelly Leão

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