terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Definição de Geomorfologia


Definição de Geomorfologia
É a ciência que estuda as formas de relevo, sua gênese, composição (materiais) e processos que nelas atuam. (Florenzano)
Formação da Terra
A teoria mais aceita para explicar a origem da Terra é baseada na ideia de origem por agregação. De acordo com essa teoria, a Terra se formou pela agregação de poeira cósmica, aquecendo-se depois por meio de violentas reações químicas.
A agregação de poeira cósmica foi provocada por colisões incessantes, motivadas pela atração gravitacional, ocorrida há mais de 4 bilhões de anos. A dissipação de energia cinética provocada pelas colisões liberou calor, ativando o aquecimento dos materiais que formariam o planeta. O aumento da força gravitacional possibilitou a retenção de gases formados pelos impactos e a constituição de uma atmosfera primitiva.
A atmosfera primordial atuou como isolante térmico, criando o ambiente no qual se processou a fusão dos materiais terrestres.
Agentes internos e formação do relevo
Processos endógenos tem origem no interior da Terra e manifestam-se por meio dos movimentos sísmicos, do vulcanismo, do magmatismo intrusivo e do tectonismo (Florenzano).
Agentes internos ou modeladores resultam de forças oriundas do interior do planeta, como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos (outros autores).
Tectonismo: é a denominação geral para a ação sobre a crosta gerada pela pressão dos materiais do magma, em constante deslocamento;
Vulcanismo: consiste no derramamento de material fluido oriundo do magma na superfície, podendo ocorrer através de fendas ou orifícios na crosta;
Abalos Sísmicos: são gerados por violentos movimentos de massas em profundidades variáveis da crosta inferior ou do manto. Resultam em rápidas acomodações de camadas rochosas da Terra.
Agentes externos e formação do relevo
Processos exógenos são movimentos externos que atuam na superfície da Terra, destruindo elevações, construindo formas e preenchendo depressões. Eles englobam o intemperismo físico (fragmentação das rochas), químico(fragmentação das rochas) e bioquímico (decomposição das rochas); a erosão ou denundação que se refere a remoção do material imtemperizado ; a acumulação onde o material removido e transportado pela erosão é depositado. São: água e gelo (ação mecânica e química), o vento, a ação da gravidade, as alterações de temperatura, os organismos (fauna e flora) e o homem. (Florenzano)
Intemperismo: processo de alteração das rochas por fragmentação e decomposição. Ocorre quando as rochas expostas à energia solar, à água pluvial e fluvial, às ondas, ao gelo e ao vento, são submetidas à novas condições de pressão, temperatura e umidade. (Florenzano)
Agentes externos ou esculpidores resultam de forças oriundas da atmosfera como o intemperismo.
Intemperismo: Conjunto de processos físicos e químicos que resultam na degradação das rochas superficiais.
Ação dos ventos e da água: provoca a erosão dessas rochas degradadas, seu transporte e acumulação.
Planaltos
São terrenos altos, variando de planos a ondulados. Os planaltos típicos são sedimentares ou basálticos, mas existem os de estrutura dobrada. (Florenzano)
Planícies
São terrenos baixos e planos, formados por acumulação de material, que podem ser de origem aluvial ou fluvial, marinha, lacustre, glacial ou eólica. (Florenzano)
Depressões
São terrenos situados abaixo do nível do mar (depressões absolutas) ou abaixo do nível altimétrico das regiões adjacentes (depressões relativas) que podem ter diferentes origens e formas. (Florenzano)
Forças que movem os agentes internos e externos
Ambos são movidos por energia. Os agentes internos são movidos pela energia oriunda do calor do núcleo que é refletido pelo magma. Os agentes externos são movidos pela energia oriunda do Sol que causa ou fundamenta todos os elementos de modeladores do relevo.
Processos Erosivos
A erosão é a remoção e transporte do material intemperizado.
Erosão fluvial: relacionada à água dos rios;
Erosão pluvial: resultante da água da chuva; a água da chuva que chega ao solo ou diretamente ou interceptada pela vegetação. Esse processo erosivo pode ser dividido em 3 estágios: Salpicamento (ou splash) a gota bate no solo e pode causar a remoção ou ruptura dos agregados; Formação de poças: são formadas nas pequenas depressões na medida que o solo torna-se saturado com a infiltração de água; escoamento superficial: é responsável pelos processos erosivos de superfície. A água que se acumula nas pequenas depressões do terreno começa a escoar pelas vertentes quando o solo está saturado e as poças não conseguem mais conter a água.
Movimentos de massa: desprendimento e transporte de solo ou material rochoso vertente abaixo, pela atuação da gravidade e da água basicamente. Pode ser muito lento ou muito rápido.
Acumulação: refere-se a deposição do material e transportado pelos agentes da erosão (todos os mesmos agentes exógenos de formação do relevo)
Limites das Placas Tectônicas: Dobras e Falhas
No limite convergente, o estado de tensão é compressivo, se o comportamento do material é frágil origina uma falha de compressão e se o material é dúctil origina uma dobra.
No limite divergente, o estado de tensão é distensivo, se o comportamento do material é frágil origina uma falha de distensão e se o material é dúctil origina um estiramento.
No limite transformante, o estado de tensão é cisalhante, se o comportamento do material é frágil origina uma falha e se o material é dúctil origina um cisalhamento.
Dobras: Uma dobra consiste no encurvamento de uma superfície originalmente plana.
Falhas: Uma falha é uma superfície de fratura, ao longo da qual ocorreu um movimento relativo entre os dois blocos que separa.

*anotações extraídas de textos do Ab'Saber, Cunha e Florenzano.

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