A contribuição dos
parâmetros curriculares para o ensino de Geografia
Sonia de Almeida
Pimenta
Ana Beatriz Gomes Carvalho
Ana Beatriz Gomes Carvalho
Este
documento surge a partir de uma política educacional chamada de década da
educação, implementada após a assinatura de um compromisso com outros nove
países em desenvolvimento para a melhoria da educação. Para o ensino de
Geografia, os parâmetros apresentam uma importância especial por permitir a
discussão sobre temas que não eram considerados inicialmente, como a questão
ambiental, a diversidade, a cultura, etc.
Objetivos
Identificar
os princípios e fundamentos que estruturam os parâmetros curriculares nacionais
e sua relação com a sociedade do conhecimento.
Quais as
contribuições dos PCNs para a construção de uma prática pedagógica.
A
contextualização histórica da construção dos PCNs como uma política pública.
A mudança de
paradigma na sociedade do conhecimento
(...)
As inovações tecnológicas provocaram um impacto sem precedentes em nossa
sociedade na segunda metade do século XX. Chamamos a sociedade em que vivemos
hoje de sociedade de informação, conceito que define bem a existência de fluxos
tão complexo de ideias, produtos, dinheiro, pessoas, que estabeleceu uma nova
forma de organização pessoal.
Segundo
Oliveira (2001), “no decorrer dos anos 90, o debate sobre a educação e
desenvolvimento esteve pautado pela exigência de responder ao padrão de
qualificação emergente no contexto de reestruturação produtiva e de
globalização da economia, ocupando lugar de destaque nas políticas
educacionais. As discussões que ocorreram explicitam a necessidade de serem
pensadas alternativas para problemas estruturais da educação brasileira,
passando pela reforma dos sistemas públicos de ensino”. A preocupação central, contudo,
não estava limitada à formação da força de trabalho para lidar com as inovações
tecnológicas e organizacionais, incluíram também questões políticas como
financiamento, controle e gestão da educação pública e cultural, a partir das
mudanças de reestruturação econômica e da necessidade de mudança do paradigma
educacional na sociedade da informação.
Globalização é um
processo de integração econômica, social e cultural mundial, gerado pela
necessidade do capitalismo de descobrir novos mercados.
Provavelmente
um dos maiores entraves ao processo de adaptação do sistema público de educação
ao novo padrão de acumulação e produção esteja vinculado ao processos lentos de
mudança dos paradigmas de um novo modelo de educação, ou seja um novo paradigma
que traga as mudanças ocorridas na sociedade para dentro da escola.
O
MEC admite a limitação dessas mudanças no Brasil, “de fato, os progressos educacionais realizados no Brasil na segunda
metade da década de 90 foram notáveis. Mesmo assim, estes avanços não foram suficientes
para satisfazer adequadamente as demandas existentes, até porque as exigências
da sociedade mudaram, acompanhando as transformações tecnológicas. Hoje, já não
basta garantir a universalização do ensino compulsório, que no Brasil é de oito
anos. Para uma cidadania plena e uma vida produtiva, exige-se, no mínimo, doze
anos de escolaridade básica” (MEC∕INEP, 2000).
Urge
a necessidade de implementar mudanças culturais na esfera escolar que, como
Instituição, realiza as mudanças paradigmáticas de forma lenta, resistindo na
absorção de novos elementos e conceitos que precisam de uma adaptação mais
rápida, acompanhando o ritmo acelerado da sociedade informacional.
Embora
se procure estabelecer uma conexão entre as necessidades de mudanças no
paradigma de produção globalizada, traduzida pela empregabilidade, nos parece
que a política de Estado mais pertinente seria a busca de uma educação para a
cidadania. Para realizar uma educação plena neste aspecto, precisamos de
professores autônomos, críticos e com uma percepção clara da constituição d
sociedade em que vivemos hoje.
A proposta dos
PCN’s
A
lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB) foi sancionada em 1996 no
governo de Fernando Henrique Cardoso com o objetivo de modificar a estrutura educacional
brasileira que apresentava, até este momento, um forte viés tecnicista e
conservador, não oportunizando a formação integral do indivíduo.
Até
dezembro de 1996 o ensino fundamental esteve estruturado nos termos previstos
pela Lei Federal n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Essa lei, ao definir as
diretrizes e bases da educação nacional, estabelecei como objetivo geral, tanto
para o ensino fundamental (primeiro grau, com oito anos de escolaridade
obrigatória) quanto para o ensino médio (segundo grau, não obrigatório),
proporcionar aos educandos a formação necessária ao desenvolvimento de suas
potencialidades como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e
para o exercício consciente da cidadania. Também generalizou as disposições
básicas sobre o currículo, estabelecendo o núcleo comum obrigatório em âmbito
nacional para o ensino fundamental e medi. Manteve porem, uma parte
diversificada a fim de contemplar as peculiaridades locais, a especificidade
dos planos dos estabelecimentos de ensino e as diferenças individuais dos
alunos. Coube aos Estados a formulação de propostas curriculares que serviriam
de base às escolas estaduais, municipais e particulares situadas em seu
território, compondo assim, seus respectivos sistemas de ensino. Essas
propostas foram, na sua maioria, reformuladas durante os anos 80, segundo as
tendências educacionais que se generalizaram nesse período. Em 1990, o Brasil
participou da Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, na
Tailândia, convocada pela Unesco, Unicef, PNUD e Banco Mundial. Dessa
conferência, assim como da declaração de Nova Delhi – assinada pelos nove
países em desenvolvimento de maior contingente populacional do mundo -,
resultaram proposições consensuais na luta pela satisfação das necessidades
básicas de aprendizagem para todos, capazes de tornar universal a educação
fundamental e de ampliar as oportunidades de aprendizagem para crianças, jovens
e adultos. Tendo em vista o quadro atual da educação no Brasil e os
compromissos assumidos internacionalmente, o Ministério da Educação e do
Desporto coordenou a elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos
(1993-2003), concebido como um conjunto de diretrizes políticas em contínuo
processo de negociação, voltado para a recuperação da escola fundamental, a
partir do compromisso com a equidade e com o incremento da qualidade, como
também com a constante avaliação dos sistemas escolares, visando seu contínuo
aprimoramento. O Plano Decenal de Educação, em consonância com o que estabelece
a Constituição de 1988, afirma a necessidade e a obrigação de o Estado elaborar
parâmetros claros no campo curricular capazes de orientar as ações educativas
do ensino obrigatório, de forma a adequá-los aos ideais democráticos e a busca
da melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Nesse sentido, a
leitura atenta do texto constitucional vigente mostra a ampliação das
responsabilidades do poder público para com a educação de todos, ao mesmo tempo
que a Emenda Constitucional n.14, de 12 de setembro de1996, priorizou o ensino
fundamental, disciplinando a participação de Estados e Municípios no tocante ao
financiamento desse nível de ensino. A nova LDB, aprovada em 20 de dezembro de
1996, consolida e amplia o dever do poder público para com a educação geral e
em particular para com o ensino fundamental. Assim, vê-se no art. 22 dessa lei
que a educação básica, da qual o ensino fundamental é parte integrante, deve
assegurar a todos “a formação comum indispensável para o exercício da cidadania
e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”,
fato que confere ao ensino fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de
terminalidade e de continuidade. (Introdução ao Parâmetros Curriculares
Nacionais, p.13-14)
Sem
dúvida a década da educação é o Plano Decenal de Educação que estabelece
medidas a serem implementadas para alcançar as metas estabelecidas. Daí a
necessidade de elaboração de um referencial ou parâmetro a ser seguido por
todas as escolas. Este documento apresenta orientações e diretrizes que amarram
a prática pedagógica em cada sala de aula, em qualquer lugar do país. A
abrangência dos assuntos abordados nos PCN’s indica que podem ser usados com
objetivos diferentes. Existe um indicativo de que o documento não exige uma
leitura contínua, pois foi construído para ser compreendido mesmo a partir da
leitura das partes, embora a totalidade seja importante para a compreensão e
apropriação da proposta que é auxiliar o professor na tarefa de reflexão e
discussão de aspectos do cotidiano da pratica pedagógica, a serem transformados
continuamente pelo professor.
Fundamentos dos
PCN’s
A
análise das tendências pedagógicas no Brasil aponta para a influência de
grandes movimentos educacionais internacionais da mesma forma que expressam as
especificidades de nossa história política, social e cultural, a cada período
em que são consideradas. Podemos identificar na tradição pedagógica brasileira,
a presença de quatro grandes tendências:
a)
Pedagogia
Tradicional: é uma proposta de educação centrada no professor, cuja função se
define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. A
metodologia decorrente de tal concepção baseia-se na exposição oral dos
conteúdos, numa sequencia predeterminada e fixa, independente do contexto
escolar; enfatiza-se a necessidade de exercícios repetidos para garantir a
memorização dos conteúdos. A função primordial da escola, nesse modelo, é
transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno. Nesse
modelo, a escola se caracteriza pela postura conservadora. O professor é visto
como a autoridade máxima, um organizador dos conteúdos e estratégias de ensino
e, portanto, o guia exclusivo do processo educativo.
b)
Pedagogia
Renovada: É uma concepção que inclui várias correntes que, de uma forma ou de
outra, estão ligadas ao movimento da Escola Nova ou Escola Ativa. Tais
correntes, embora admitam divergências, assumem um mesmo principio norteador de
valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. O centro da atividade
escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno como
ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, mas o processo de
aprendizagem. Em oposição à Escola Tradicional, a Escola Nova destaca o
principio da aprendizagem por descoberta e estabelece que a atitude de
aprendizagem parte do interesse dos alunos, que, por sua vez, aprendem
fundamentalmente pela experiência, pelo que descobrem por si mesmos. O
professor é visto então como facilitador no processo de busca do conhecimento
que deve partir do aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem,
adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para
desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.
c)
Tecnicismo
Educacional: Nos anos 70 proliferou o que se chamou de “tecnicismo
educacional”, inspirado nas teorias behavioristas da aprendizagem e da
abordagem sistêmica do ensino, que definiu uma pratica pedagógica altamente
controlada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas inseridas numa
proposta educacional rígida e passível de ser totalmente programada em
detalhes. A supervalorização da tecnologia programada de ensino trouxe
consequências: a escola se revestiu de uma grande auto-suficiência, reconhecida
por ela e por toda a comunidade atingida, criando assim a falsa ideia de que
aprender não é algo natural do ser humano, mas que depende exclusivamente de
especialistas e de técnicas. O que é valorizado nessa perspectiva não é o
professor, mas a tecnologia; o professor passa a ser um mero especialista na
aplicação de manuais e sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e
estreitos da tecnologia utilizada. A função do aluno é reduzida a um individuo
que reage aos estímulos de forma a corresponder às respostas esperadas pela
escola, para ter êxito e avançar. Seus interesses e seu processo particular não
são considerados e a atenção que recebe é para ajustar seu ritmo de
aprendizagem ao programa que o professor deve implementar.
d)
Pedagogia
Crítico-social dos conteúdos: Surge no final dos anos 70 e inicio dos anos 80
se põe como uma reação de alguns educadores que não aceitam a pouca relevância
que a “pedagogia libertadora” dá ao aprendizado do chamado “saber elaborado”,
historicamente acumulado, que constitui parte do acervo cultural da humanidade.
Assegura a função social e política d escola mediante o trabalho com
conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em
condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. Entende que não basta
ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que é necessário que
se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para
que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus
interesses de classe.
Se
por um lado, não é mais possível deixar de se ter preocupações com o domínio de
conhecimentos formais para a participação crítica na sociedade, consideramos
também que é necessária uma adequação pedagógica às características de um aluno
que pensa, de um professor que sabe e aos conteúdos de valor social e
formativo. Esse momento se caracteriza pelo enfoque centrado no caráter social
do processo de ensino e aprendizagem e é marcado pela influencia da psicologia
genética. O enfoque social dado aos processos de ensino e aprendizagem traz
para a discussão pedagógica aspectos de extrema relevância, em particular, no
que se refere a maneira como se devem entender as relações entre
desenvolvimento e aprendizagem, à importância da relação interpessoal nesse
processo, à relação entre cultura e educação e ao papel da ação educativa do
aluno em cada momento de sua escolaridade. A psicologia genética proporcionou
aprofundar a compreensão sobre o processo de desenvolvimento na construção do conhecimento.
Compreender os mecanismos pelos quais as crianças constroem representações
internas de conhecimentos construídos socialmente, em uma perspectiva
psicogenética, traz uma contribuição para alem das descrições dos grandes
estágios de desenvolvimento.
Pausa para
orientação
Antes
de prosseguir é necessário refletir sobre a importância do ensino de Geografia,
influenciado não apenas pelas correntes teóricas do próprio objeto da ciência
geográfica, mas também permeado por múltiplas tendências pedagógicas. Em uma
analise superficial, já é possível estabelecer uma relação entre as correntes
do pensamento geográfico e sua similaridade com as tendências pedagógicas.
A
orientação proposta nos PCN’s reconhece a importância da participação
construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da intervenção do professor para a
aprendizagem de conteúdos específicos que favoreçam o desenvolvimento das
capacidades necessárias à formação do indivíduo. Ao contrário de uma concepção
de ensino e aprendizagem como um processo que se desenvolve por etapas, em que
a cada uma delas o conhecimento é “acabado”, o que se propõe é uma visão da
complexidade e da provisoriedade do conhecimento. De um lado porque o objeto de
conhecimento é complexo de fato e reduzi-lo seria falsificá-lo; de outro,
porque o processo cognitivo não acontece por justaposição, senão por
reorganização do conhecimento.
Na
leitura dos PCN’s fica evidenciada uma certa flexibilidade na proposta
educacional, apresentando grandes eixos norteadores que permitem a adaptação de
cada realidade local. Daí o conceito de conhecimento provisório, uma vez que
não é possível chegar de imediato ao conhecimento correto, mas somente por
aproximações sucessivas que permitem sua reconstrução. Os PCN’s adotam como
eixo o desenvolvimento de capacidades do aluno, processo em que os conteúdos
curriculares atuam não como fins em si mesmos, mas como meios para a aquisição
e desenvolvimento dessas capacidades.
A contribuição dos
PCN’s para o ensino de Geografia
A
introdução do volume sobre a disciplina Geografia nos PCN’s levanta a questão
das correntes do pensamento geográfico e sua influencia no ensino de Geografia.
O texto expõe inicialmente, a recuperação do conceito de lugar, como uma
proposta inicial para o desenvolvimento da aprendizagem. Afinal é no lugar que
a pluralidade de interfaces do sujeito pode ser recuperada. No atual momento em
que se discute a globalização, dialeticamente ressurge o interesse de desvendar
a possibilidade das resistências que nascem no interior de certos espaços,
evidenciando as regiões, como conjunto de lugares que interagem solidariamente
na busca de uma autonomia e identidade, não desapareceram.
Encontramos
também nos PCN’s uma reflexão sobre a identificação e confusão na prática do
professor de Geografia, sobretudo nas propostas curriculares:
O
primeiro problema destacado esta relacionado com a separação entre a Geografia
Humana e a Geografia da Natureza. É uma dicotomia antiga que é iniciada já na
Universidade quando o aluno encontra seu currículo dividido entre as
disciplinas que tratam aspectos físicos e aspectos humanos da Geografia.
Atualmente esta estrutura esta mudando, mas ainda levará algum tempo ate que
todos os professores internalizem estas mudanças. No segundo item, encontramos
a dificuldade de relacionar os conceitos com os fenômenos, desde o mais simples
até o mais complexo. Esta dificuldade faz com que o professor realize em seu
processo avaliativo uma analise direta da capacidade de memorização e
reprodução do conteúdo apresentado. Por fim, o ultimo item diz respeito a compreensão
das possibilidades ilimitadas que o professor pode vislumbrar no ensino da
Geografia, mas para tanto terá que enfocar menos conteúdo e mais procedimentos,
as categorias e conceitos. O importante não é a extensão da informação ou sua
profundidade, mas sim a capacidade de ir buscá-la de forma adequada quando for
necessário.
As abordagens
propostas
É
interessante que encontramos no texto um comentário sobre as potencialidades
dos conteúdos de Geografia que estão vinculados aos temas transversais. A primeira
abordagem esta relacionada com o uso d vivencia e do espaço do aluno como ponto
de partida para a analise e reflexão de outros espaços. É a valorização do
local, onde o professor pode realizar uma serie de experiências e vivencias
sobre o entorno de forma interativa. É o principio para a construção de
conceitos de território, região, lugar e paisagem. A partir da construção
destes conceitos, podemos desenvolver os aspectos procedimentais da Geografia.
Outra
abordagem proposta é através do trabalho com eixos temáticos e temas
transversais, abarcando conceitos como flexibilidade e interdisciplinaridade. A
Geografia já transita em outras áreas do conhecimento por sua própria essência,
facilitando bastante qualquer proposta interdisciplinar na Educação Básica.
O
uso de imagens é essencial para o ensino de Geografia que por intermédio delas
pode revelar uma forma de expressar suas interpretações, hipóteses e conceitos.
Nossos alunos que foram formados na sociedade de valorização da imagem
encontram muita facilidade de compreender determinados conceitos através do uso
da imagem como fontes de informação e de leitura do espaço e da paisagem. O
estudo da linguagem gráfica contribui não apenas para que os alunos venham a
compreender e utilizar uma ferramenta básica da Geografia, os mapas, como
também para desenvolver capacidades relativas à representação do espaço. Esta
linguagem possibilita sintetizar informações, expressar conhecimentos, estudar
situações, entre outras coisas, sempre envolvendo a ideia de produção do
espaço: sua organização e distribuição.
Para
finalizar, vamos reproduzir os objetivos gerais propostos nos PCN’s para o
ensino de Geografia.
©
Conhecer
o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de como as
paisagens, os lugares e os territórios se constróem;
©
Identificar
e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em diferentes
espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem uma
participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
©
Conhecer
o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda
o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar;
©
Compreender
a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas
dinâmicas e interações;
©
Compreender
que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços
tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não
usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades,
empenhar-se em democratizá-las;
©
Conhecer
e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender a
paisagem, o território e o lugar, seus procedimentos de construção,
identificando sua relações, problemas e contradições:
©
Orientá-los
a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem,
desde as imagens, música e literatura de dados e de documentos de diferentes
fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações
sobre o espaço;
©
Saber
utilizar linguagem gráfica para obter informações, representar a espacialidade
dos fenômenos geográficos;
©
Valorizar
o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-os como
direito dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia.
Concluindo o
processo
Os
conflitos e problemas no ensino de Geografia são evidenciados nos PCN’s que
apresentam diversas abordagens para a melhoria do ensino desta disciplina nas
escolas, uma vez que a Geografia apresenta uma importância ímpar na construção
da formação cidadã dos alunos. As abordagens e objetivos consolidam uma
proposta inovadora de trabalhar a Geografia, observando aspectos da realidade
local através de temas geradores, eixos formadores, literatura, temas
transversais, imagens, etc.
PIMENTA,
Sônia de A.; CARVALHO, Ana B. G. A contribuição dos parâmetros curriculares
para o ensino de Geografia. Aula 4. UFRN∕UEPB, 2008
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