sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

COMO SURGIU O AQUECIMENTO GLOBAL

O trecho a seguir foi extraído do artigo "A Fraude do Aquecimento Global", produzido pela equipe do Fakeclimate para o Movimento de Solidariedade Ibero-Americana, Edição Especial, março de 2007, impresso pela CAPAX DEI EDIT. LTDA.
Documento na íntegra disponível em: Fakeclimate


A história (quase) secreta do aquecimento global

O segundo pós guerra foi o período de maior expansão do processo de desenvolvimento sócio-econômico mundial, especialmente na Europa e no Japão, acompanhada da descolonização na Ásia e África. Simultaneamente ocorrem serie de conquistas técnico-científicas e a disseminação da Revolução Verde ao redor do globo. Neste período enumeram-se grandes avanços na medicina, na saúde publica, nas telecomunicações, perspectivas de uso pacífico da energia nuclear, a corrida espacial e outras, sendo a industrialização a chave do negócio. Já no ano de 1957, o comércio mundial de produtos industrializados superou pela primeira vez o de produtos primários e alimentos.
Nesse contexto se inicia o movimento ambientalista em escala global a partir de ideias surgidas no imediato do pós-guerra que definiam as conquistas da ciência e da tecnologia como ações malignas que ameaçavam a natureza. O avanço tecnológico sobre a natureza tem como algoz a superpopulação. Essa tendência toma o que podem ser preocupações razoáveis sobre temas como a qualidade do ar e da água e as reveste de uma ideologia profundamente hostil ao progresso econômico e à maioria dos seres humanos.
Quando a Conferência de Estocolmo foi instalada, em 1972, Maurice Strong (magnata canadense) advertiu urgentemente sobre o advento do aquecimento global, a devastação das florestas, a perda de biodiversidade, os oceanos poluídos e a bomba-relógio populacional. Já nesta ocasião ele sugeriu um imposto sobre cada barril de petróleo que circulasse.
Quando dizemos que Estocolmo foi um fracasso, encaramos o isso do nosso ponto de vista, porque para alguns manipuladores da informação, ela foi um sucesso, pois permitiu a articulação de diversos mecanismos que colocariam em cheque a situação ambiental no planeta a fim de criar – por que não dizer – uma nova ordem mundial a partir de um novo modelo de consumo que encaminharia à governança global.
Um dos desdobramentos da Conferência de Estocolmo foi a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente(PNUMA), para o qual Strong foi nomeado o primeiro diretor-executivo. A partir do cargo, que ocupou até 1975, ele desempenhou um ativo papel na popularização das supostas ameaças para a atmosfera, representadas pelo uso de combustíveis fósseis e produtos químicos agressivos para a camada de ozônio – esta última, uma teoria alarmista que também dava os seus primeiros passos e seria crucial para a agenda ambientalista
Além da Conferência de Estocolmo, o ano de 1972 presenciou duas outras importantes iniciativas da campanha catastrofista. O primeiro foi o lançamento do famigerado relatório do Clube de Roma, Limites ao crescimento, o qual introduziu as projeções computadorizadas na metodologia alarmista, prognosticando o esgotamento de vários recursos naturais nas décadas seguintes. O segundo foi a criação, em Laxemberg, Áustria, do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicada (IIASA), que até hoje tem desempenhado um importante papel na promoção do aquecimento global antropogênico.
Em outubro de 1975 em Washington, foi promovida a conferência “A atmosfera: ameaçada e ameaçadora”, teve como uma das organizadoras, a antropóloga Margaret Mead: “Estamos enfrentando um período em que a sociedade deve tomar decisões em escala planetária... A menos que os povos do mundo possam começar a entender as consequências imensas e de longo prazo do que parecem ser pequenas escolhas imediatas – furar um poço, abrir uma estrada, construir um grande avião, fazer um teste nuclear, instalar um reator regenerador, liberar produtos químicos que se diluem na atmosfera ou descarregar resíduos concentrados no mar –, todo o planeta pode ficar em perigo”.
A Dra. Mead enfatizou que “a conferência foi baseada no pressuposto de que decisões políticas de tremendo alcance serão tomadas – com os cientistas provendo elementos de julgamento ou não. Não há meio de os cientistas evitarem afetar o processo de tomada de decisões em assuntos relacionados às suas disciplinas, mesmo se permanecerem publicamente em silêncio. Uma decisão dos formuladores de políticas no sentido de não agir na ausência de informação ou conhecimento científico é uma decisão política por si mesma e, para os cientistas, não há a possibilidade de inação, exceto a de deixarem de ser cientistas.” Ali estiveram presentes três grandes nomes da climatologia que foram cruciais para a propagação do aquecimento global antropogênico.
A conferência também serviu como plataforma de lançamento para a chamada Hipótese Gaia, idealizado pelo biólogo inglês James Lovelock, que se tornaria um dos principais propagandistas do aquecimento global. A comunidade cientifica mundial se rende as campanhas alarmistas ao longo da década de 80.
Em Toronto (1988), pela primeira vez, a proposta de redução das emissões de CO2 recebeu uma meta numérica: um corte de 20% sobre as emissões daquele ano, até 2005. Dali saiu também a decisão de estabelecer um corpo tecnocrático especificamente para conduzir a campanha no meio científico, que viria a ser o IPCC, oficialmente criado no ano seguinte.
Um importante reforço para a campanha foi a ampla divulgação, em 1987, do relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo principal objetivo do documento era a introdução do conceito de “desenvolvimento sustentado”, que se tornaria a pedra de toque da ideologia ambientalista. Reina neste documento a proposta malthusiana sobre crescimento populacional e os interesses em uma governança global, veja: “O conceito de soberania nacional foi basicamente alterado pela interdependência nos campos econômico, ambiental e de segurança. Os bens comuns a todos não podem ser geridos a partir de um centro nacional; o Estado-nação não basta quando se trata de lidar com ameaças a ecossistemas que pertencem a mais de um país. Só é possível lidar com ameaças à segurança ambiental através de administração conjunta e de processos e mecanismos multilaterais.”
Para lidar com tais ameaças, recomendou-se a criação de uma agencia ambiental global com poderes supranacionais, alem de alertar para as possíveis disputas e conflitos por causa de recursos naturais. Este cenário nos parece familiar?
Outro fenômeno natural foi transformado em emergência global, as variações das concentrações de ozônio na estratosfera foi associada a ação de produtos químicos. Novamente, discussões que não deveriam extravasar do meio científico acabaram, por força do bem articulado lobby ambientalista, ganhando foros de problema planetário e se transformando em objeto de uma legislação de âmbito internacional e restritiva da fabricação e uso daqueles produtos.
AS primeiras teorias ainda em 1970 culpavam as emissões de jatos supersônicos de voos estratosféricos pelo buraco na camada de ozônio, mas isso logo foi descartado, passando a ser culpa das emissões químicas o tal buraco. Segundo a teoria, tais produtos, ao serem descartados, subiriam até a estratosfera (mesmo sendo três a quatro vezes mais densos que o ar e, em geral, descartados em ambientes fechados e não turbulentos) e, ali, sob a ação das intensas radiações ultravioleta, teriam as suas moléculas dissociadas, libertando os mortais átomos de cloro, que, por sua vez, se combinariam com as moléculas de ozônio (O3) e as dissociariam. Em consequência da destruição do ozônio, haveria um aumento da intensidade da radiação ultravioleta na superfície terrestre, aumentando a incidência de cânceres de pele e outras enfermidades, tanto no homem como em outros seres vivos.
Em 1985, a notícia de que um “buraco” na camada de ozônio havia sido detectado na Antártica causou furor mundial e acelerou os trabalhos para o estabelecimento de um acordo internacional para enfrentar o problema (poucos se deram ao trabalho de consultar os registros das pesquisas feitas na região durante o Ano Geofísico Internacional, em 1957-58). No mesmo ano, realizou-se a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio. Dois anos depois, foi estabelecido o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Desgastam a Camada de Ozônio, que entrou em vigor em 1989, tendo experimentado quatro revisões desde então. Universalmente saudado como o mais bem-sucedido tratado ambiental já estabelecido, o Protocolo de Montreal determina datas-limite para o encerramento dos usos dos compostos de cloro aos quais foi atribuída a pecha de “assassinos do ozônio”. Este tratado, ao contrario dos demais ate então, não foi uma resposta a um acontecimento ou eventos prejudiciais, mas sim, uma ação preventiva global sem fundamento científico.
Os principais fabricantes de CFC’s e similares, na América do Norte, Europa e Japão (cujas patentes estavam no fim), não foram afetados pelas restrições aos seus produtos, pois, prontamente, apresentaram uma nova família de substitutos, os hidrofluorcarbonos (HFC’s). O problema, pelo menos para os usuários, é que tais produtos não só custavam 20-30 vezes mais que os CFCs, como também obrigariam a uma total substituição dos equipamentos existentes, pois eram incompatíveis com os compressores dos refrigeradores em uso. Além disso, ironicamente, os HFCs foram logo apontados como poderosos gases de efeito estufa, 10 mil vezes mais eficientes que o CO2, o que ensejou um adendo ao Protocolo de Montreal, determinando que deixem de ser usados até 2030 (e, possivelmente, substituídos por novos produtos ainda mais caros). Esta é uma consequência que em muito beneficia o capital das grandes indústrias e consequentemente dos grandes centros financeiros mundiais.
E quanto ao “buraco” na camada de ozônio? Na verdade, assim como ocorre com a maioria dos fenômenos atmosféricos, as concentrações de ozônio na estratosfera são extremamente variáveis e dependentes de fatores totalmente alheios às ações humanas – no caso, intensidade das radiações solares e cósmicas, latitude, estação do ano, erupções vulcânicas etc. O mal denominado “buraco” não passa de uma rarefação das concentrações do gás abaixo de um certo nível, fenômeno que já era registrado na região subártica da Noruega desde a década de 1920, antes mesmo de os CFCs, halons e congêneres serem inventados. Na Antártica, quando tais variações extremas foram constatadas, durante o Ano Geofísico Internacional, os CFCs apenas começavam a entrar em uso comercial (os halons, usados em extintores de incêndio, só foram inventados na década seguinte).
Essa foi definitivamente a grande jogada para validar o que foi dito por Mead em 1975 sobre a governança global: “decisões políticas de tremendo alcance serão tomadas”. Tudo a fim de gerar um órgão de gestão de recursos naturais de escala global, bem como administrar um modelo de mercado substitutivo ao atual gerando dividendos econômicos para seletos grupos.
A parti do Protocolo de Montreal, a campanha aquecimentista adentra a década de 90 a todo vapor, tendo Maurice Strong a frente. O palco foi a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Cúpula da Terra ou, simplesmente, Rio-92, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Além da Convenção sobre Diversidade Biológica e da Agenda 21, um enorme conjunto de diretrizes destinado a introduzir o fator ambiental em praticamente todos os ramos de atividades humanas, a conferência resultou na aprovação da Convenção Quadro de Mudanças Climáticas, que, supervisionada diretamente por Strong, seria o embrião do futuro Protocolo de Kyoto.
Conforme Elaine Dewar (jornalista investigativa): “Propagandeada como A Maior Cúpula do Mundo, a conferência do Rio era publicamente descrita como uma negociação global para reconciliar a necessidade de proteção ambiental com a necessidade de crescimento econômico. Os bem informados entendiam que havia outros objetivos, bem mais profundos. Estes envolviam a transferência de poderes regulamentadores nacionais para vastas autoridades regionais; a abertura de todas as economias nacionais fechadas a interesses multinacionais; o reforço de estruturas de tomada de decisões muito acima e muito abaixo do alcance de democracias nacionais recém estabelecidas; e, acima de tudo, a integração dos impérios soviético e chinês no sistema de mercado global. Eu não havia ouvido ninguém usar qualquer nome para esta agenda bastante grande, de modo que, mais tarde, eu mesmo a batizei – a Agenda de Governança Global.”
Palavras de uma jornalista (nome não mencionado) que dedicou textos a Strong em seu livro: “Eu havia chegado à conclusão de que a poluição trans-fronteiriça estava sendo usada como um instrumento de mercado para vender aos que ainda tinham dúvidas a necessidade de adoção de níveis de governança regionais e globais. O ‘pense globalmente, aja localmente’ era apenas outro slogan propagandístico. O público estava sendo persuadido a aceitar a proteção ambiental baseada num modelo de mercado: regulamentações seriam substituídas por leis que permitiriam a comercialização de débitos e créditos de poluição. Se os associados de Strong fossem bem sucedidos, em breve, os créditos e débitos de poluição seriam comercializados globalmente como pernis de porco e derivativos financeiros. Por volta do ano 2000, haveria poucas entidades nacionais independentes capazes de defender as comunidades locais dos leviatãs internacionais. As comunidades locais competiriam entre si pelos favores dos grandes interesses. Aqueles de nós que vivêssemos nas periferias brutais dessas novas potências mundiais se veriam agradecidos por comercializar com qualquer um, a qualquer preço.”
Em 1991, em Estocolmo foram reunidas 30 personalidades políticas internacionais para elaborar um manifesto, que ressalta a relevância dos temas ambientais para a agenda do governo mundial.  Sem disfarce, as intenções dessa casta de “globalistas” que pretende suplantar os Estados nacionais soberanos e impor ao mundo uma ordem malthusiana de pesadelo. Strong foi o principal arquiteto do protocolo que Kyoto. O tratado foi negociado em dezembro de 1997 e entrou em vigor em fevereiro de 2005. Como meta geral para os países industrializados, foi prevista uma redução geral de 5,2% das emissões até 2010, sobre os níveis de 1990.
Entretanto, as grandes dificuldades que algumas das principais economias industrializadas estão encontrando para cumprir as metas estabelecidas, além da exclusão dos EUA (que sozinhos respondem por mais de um quinto das emissões globais) e da Austrália, que não ratificaram o acordo, estão preocupando os “aquecimentistas”, que já trabalham para o cenário pós-Kyoto, em função de que as metas do tratado deverão ser revistas em 2012.
O próprio Strong admite: “Kyoto foi uma primeira etapa essencial, mas bastante modesta, para se lidar com essa crise, mas ela foi severamente enfraquecida pela retirada dos EUA, a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa, e pela retirada de outros, inclusive, lamentavelmente, o Canadá. (...) Não devemos nos deixar iludir pelos negadores que defendem que a ação deve esperar pela certeza científica, que será uma carga muito grande para a economia, o que significa os seus próprios interesses especiais. (...) Mais e mais corporações têm demonstrado que, longe de ser uma ameaça para a economia, essas medidas proporcionam uma nova geração de oportunidades econômicas. (...) Já está claro que o Canadá, como vários outros países, não cumprirá as suas metas de Kyoto. Isto não pode ser usado como pretexto para abandonar Kyoto. Com todas as suas imperfeições, é muito melhor usá-lo como base para negociar um novo acordo quando as metas existentes expirarem, em 2012. É claro que a China, Índia e outros países em rápido desenvolvimento, que agora respondem pela maioria dos aumentos das emissões de gases de efeito estufa, precisarão participar.” (...)

Fichado por Kelly Leão

Um comentário:

  1. Nem é preciso entrar no cerne e nas entranhas do texto, nem ser técnico ou versado no tema, basta apenas uma leitura crítica, que leva ao embate entre defensores do Aquecimento Global e céticos, uma peleja muito semelhante àquela entre acadêmicos que dispensam um criador para o universo e os teólogos e espiritualistas, que fazem contraparte... Parece não ter fim e talvez nem tenha fim esses embates. Talvez a humanidade um dia sucumba e nenhum ponto de vista prevalecerá sobre o outro. Enquanto isso, o egocentrismo, a vaidade e o orgulho é que ganham a disputa na realidade. Enquanto isso, a civilização perde, pois onde mais deveria haver união e sinergia na resolução de problemas sócio-ambientais, há somente subtração de forças e talentos desperdiçados numa tolice...
    Agora, não desejando mostrar-se favorável a uma corrente de pensamento qualquer, uma coisa é clara: até onde pensam levar os céticos esses pensamentos? Não lhes parece que podem ser simples silogismos ou sofismas?
    Por exemplo: os países ricos não seriam os primeiros a defender o ceticismo, não lhes seria mais favorável as suas ações de poder e ganância?
    Ora, esse ceticismo está mais alinhado a mais uma teoria conspiratória do que a prática da boa ciência...
    Não estou contra os céticos, mas para mim eles com essa postura, não levarão seus brados além do deserto - não passará de simples conjecturas de certos acadêmicos...
    Mas, estes embates não são nenhuma novidade, eles sempre existiram na história da ciência, certas vezes para melhoria do conhecimento, outras vezes, para atraso da ciência, pois por exemplo, na Biologia até hoje, encontramos acadêmicos criacionistas e evolucionistas. Até aí, nenhum problema. A perda para o conhecimento científico surge justamente, quando observamos o fator tendecionismo sempre presente no espírito de cada pesquisador, em vez de haver livre pensamento, liberto de tendências e de certos sistemas dogmáticos, seja na religião, quanto na ciência...

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