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A história (quase) secreta do aquecimento global
O segundo pós guerra foi o
período de maior expansão do processo de desenvolvimento sócio-econômico
mundial, especialmente na Europa e no Japão, acompanhada da descolonização na
Ásia e África. Simultaneamente ocorrem serie de conquistas técnico-científicas
e a disseminação da Revolução Verde ao redor do globo. Neste período
enumeram-se grandes avanços na medicina, na saúde publica, nas
telecomunicações, perspectivas de uso pacífico da energia nuclear, a corrida
espacial e outras, sendo a industrialização a chave do negócio. Já no ano de 1957,
o comércio mundial de produtos industrializados superou pela primeira vez o de
produtos primários e alimentos.
Nesse contexto se inicia o
movimento ambientalista em escala global a partir de ideias surgidas no
imediato do pós-guerra que definiam as conquistas da ciência e da tecnologia
como ações malignas que ameaçavam a natureza. O avanço tecnológico sobre a
natureza tem como algoz a superpopulação. Essa tendência toma o que podem ser
preocupações razoáveis sobre temas como a qualidade do ar e da água e as
reveste de uma ideologia profundamente hostil ao progresso econômico e à
maioria dos seres humanos.
Quando a Conferência de Estocolmo
foi instalada, em 1972, Maurice Strong (magnata canadense) advertiu
urgentemente sobre o advento do aquecimento global, a devastação das florestas,
a perda de biodiversidade, os oceanos poluídos e a bomba-relógio populacional.
Já nesta ocasião ele sugeriu um imposto sobre cada barril de petróleo que
circulasse.
Quando dizemos que Estocolmo foi
um fracasso, encaramos o isso do nosso ponto de vista, porque para alguns
manipuladores da informação, ela foi um sucesso, pois permitiu a articulação de
diversos mecanismos que colocariam em cheque a situação ambiental no planeta a
fim de criar – por que não dizer – uma nova ordem mundial a partir de um novo
modelo de consumo que encaminharia à governança global.
Um dos desdobramentos da
Conferência de Estocolmo foi a criação do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente(PNUMA), para o qual Strong foi nomeado o primeiro
diretor-executivo. A partir do cargo, que ocupou até 1975, ele desempenhou um
ativo papel na popularização das supostas ameaças para a atmosfera,
representadas pelo uso de combustíveis fósseis e produtos químicos agressivos
para a camada de ozônio – esta última, uma teoria alarmista que também dava os
seus primeiros passos e seria crucial para a agenda ambientalista
Além da Conferência de Estocolmo,
o ano de 1972 presenciou duas outras importantes iniciativas da campanha
catastrofista. O primeiro foi o lançamento do famigerado relatório do Clube de
Roma, Limites ao crescimento, o qual introduziu as projeções computadorizadas
na metodologia alarmista, prognosticando o esgotamento de vários recursos
naturais nas décadas seguintes. O segundo foi a criação, em Laxemberg, Áustria,
do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicada (IIASA), que até
hoje tem desempenhado um importante papel na promoção do aquecimento global
antropogênico.
Em outubro de 1975 em Washington,
foi promovida a conferência “A atmosfera: ameaçada e ameaçadora”, teve como uma
das organizadoras, a antropóloga Margaret Mead: “Estamos enfrentando um período
em que a sociedade deve tomar decisões em escala planetária... A menos que os
povos do mundo possam começar a entender as consequências imensas e de longo
prazo do que parecem ser pequenas escolhas imediatas – furar um poço, abrir uma
estrada, construir um grande avião, fazer um teste nuclear, instalar um reator
regenerador, liberar produtos químicos que se diluem na atmosfera ou
descarregar resíduos concentrados no mar –, todo o planeta pode ficar em perigo”.
A Dra. Mead enfatizou que “a
conferência foi baseada no pressuposto de que decisões políticas de tremendo
alcance serão tomadas – com os cientistas provendo elementos de julgamento ou
não. Não há meio de os cientistas evitarem afetar o processo de tomada de
decisões em assuntos relacionados às suas disciplinas, mesmo se permanecerem
publicamente em silêncio. Uma decisão dos formuladores de políticas no sentido
de não agir na ausência de informação ou conhecimento científico é uma decisão
política por si mesma e, para os cientistas, não há a possibilidade de inação,
exceto a de deixarem de ser cientistas.” Ali estiveram presentes três grandes
nomes da climatologia que foram cruciais para a propagação do aquecimento
global antropogênico.
A conferência também serviu como
plataforma de lançamento para a chamada Hipótese Gaia, idealizado pelo biólogo
inglês James Lovelock, que se tornaria um dos principais propagandistas do
aquecimento global. A comunidade cientifica mundial se rende as campanhas
alarmistas ao longo da década de 80.
Em Toronto (1988), pela primeira
vez, a proposta de redução das emissões de CO2 recebeu uma meta numérica: um
corte de 20% sobre as emissões daquele ano, até 2005. Dali saiu também a
decisão de estabelecer um corpo tecnocrático especificamente para conduzir a
campanha no meio científico, que viria a ser o IPCC, oficialmente criado no ano
seguinte.
Um importante reforço para a
campanha foi a ampla divulgação, em 1987, do relatório Nosso Futuro Comum, da
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo principal objetivo
do documento era a introdução do conceito de “desenvolvimento sustentado”, que
se tornaria a pedra de toque da ideologia ambientalista. Reina neste documento
a proposta malthusiana sobre crescimento populacional e os interesses em uma
governança global, veja: “O conceito de soberania nacional foi basicamente
alterado pela interdependência nos campos econômico, ambiental e de segurança.
Os bens comuns a todos não podem ser geridos a partir de um centro nacional; o
Estado-nação não basta quando se trata de lidar com ameaças a ecossistemas que
pertencem a mais de um país. Só é possível lidar com ameaças à segurança
ambiental através de administração conjunta e de processos e mecanismos
multilaterais.”
Para lidar com tais ameaças,
recomendou-se a criação de uma agencia ambiental global com poderes
supranacionais, alem de alertar para as possíveis disputas e conflitos por
causa de recursos naturais. Este cenário nos parece familiar?
Outro fenômeno natural foi
transformado em emergência global, as variações das concentrações de ozônio na
estratosfera foi associada a ação de produtos químicos. Novamente, discussões
que não deveriam extravasar do meio científico acabaram, por força do bem
articulado lobby ambientalista, ganhando foros de problema planetário e se
transformando em objeto de uma legislação de âmbito internacional e restritiva
da fabricação e uso daqueles produtos.
AS primeiras teorias ainda em
1970 culpavam as emissões de jatos supersônicos de voos estratosféricos pelo
buraco na camada de ozônio, mas isso logo foi descartado, passando a ser culpa
das emissões químicas o tal buraco. Segundo a teoria, tais produtos, ao serem
descartados, subiriam até a estratosfera (mesmo sendo três a quatro vezes mais
densos que o ar e, em geral, descartados em ambientes fechados e não
turbulentos) e, ali, sob a ação das intensas radiações ultravioleta, teriam as
suas moléculas dissociadas, libertando os mortais átomos de cloro, que, por sua
vez, se combinariam com as moléculas de ozônio (O3) e as dissociariam. Em consequência
da destruição do ozônio, haveria um aumento da intensidade da radiação
ultravioleta na superfície terrestre, aumentando a incidência de cânceres de
pele e outras enfermidades, tanto no homem como em outros seres vivos.
Em 1985, a notícia de que um
“buraco” na camada de ozônio havia sido detectado na Antártica causou furor
mundial e acelerou os trabalhos para o estabelecimento de um acordo
internacional para enfrentar o problema (poucos se deram ao trabalho de
consultar os registros das pesquisas feitas na região durante o Ano Geofísico
Internacional, em 1957-58). No mesmo ano, realizou-se a Convenção de Viena para
a Proteção da Camada de Ozônio. Dois anos depois, foi estabelecido o Protocolo
de Montreal sobre Substâncias que Desgastam a Camada de Ozônio, que entrou em
vigor em 1989, tendo experimentado quatro revisões desde então. Universalmente
saudado como o mais bem-sucedido tratado ambiental já estabelecido, o Protocolo
de Montreal determina datas-limite para o encerramento dos usos dos compostos
de cloro aos quais foi atribuída a pecha de “assassinos do ozônio”. Este
tratado, ao contrario dos demais ate então, não foi uma resposta a um
acontecimento ou eventos prejudiciais, mas sim, uma ação preventiva global sem
fundamento científico.
Os principais fabricantes de CFC’s
e similares, na América do Norte, Europa e Japão (cujas patentes estavam no
fim), não foram afetados pelas restrições aos seus produtos, pois, prontamente,
apresentaram uma nova família de substitutos, os hidrofluorcarbonos (HFC’s). O
problema, pelo menos para os usuários, é que tais produtos não só custavam
20-30 vezes mais que os CFCs, como também obrigariam a uma total substituição
dos equipamentos existentes, pois eram incompatíveis com os compressores dos
refrigeradores em uso. Além disso, ironicamente, os HFCs foram logo apontados
como poderosos gases de efeito estufa, 10 mil vezes mais eficientes que o CO2,
o que ensejou um adendo ao Protocolo de Montreal, determinando que deixem de
ser usados até 2030 (e, possivelmente, substituídos por novos produtos ainda
mais caros). Esta é uma consequência que em muito beneficia o capital das
grandes indústrias e consequentemente dos grandes centros financeiros mundiais.
E quanto ao “buraco” na camada de
ozônio? Na verdade, assim como ocorre com a maioria dos fenômenos atmosféricos,
as concentrações de ozônio na estratosfera são extremamente variáveis e
dependentes de fatores totalmente alheios às ações humanas – no caso,
intensidade das radiações solares e cósmicas, latitude, estação do ano,
erupções vulcânicas etc. O mal denominado “buraco” não passa de uma rarefação
das concentrações do gás abaixo de um certo nível, fenômeno que já era
registrado na região subártica da Noruega desde a década de 1920, antes mesmo
de os CFCs, halons e congêneres serem inventados. Na Antártica, quando tais
variações extremas foram constatadas, durante o Ano Geofísico Internacional, os
CFCs apenas começavam a entrar em uso comercial (os halons, usados em
extintores de incêndio, só foram inventados na década seguinte).
Essa foi definitivamente a grande
jogada para validar o que foi dito por Mead em 1975 sobre a governança global:
“decisões políticas de tremendo alcance serão tomadas”. Tudo a fim de gerar um
órgão de gestão de recursos naturais de escala global, bem como administrar um
modelo de mercado substitutivo ao atual gerando dividendos econômicos para
seletos grupos.
A parti do Protocolo de Montreal,
a campanha aquecimentista adentra a década de 90 a todo vapor, tendo Maurice
Strong a frente. O palco foi a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Cúpula da Terra ou,
simplesmente, Rio-92, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Além da
Convenção sobre Diversidade Biológica e da Agenda 21, um enorme conjunto de
diretrizes destinado a introduzir o fator ambiental em praticamente todos os
ramos de atividades humanas, a conferência resultou na aprovação da Convenção
Quadro de Mudanças Climáticas, que, supervisionada diretamente por Strong,
seria o embrião do futuro Protocolo de Kyoto.
Conforme Elaine Dewar (jornalista
investigativa): “Propagandeada como A Maior Cúpula do Mundo, a conferência do
Rio era publicamente descrita como uma negociação global para reconciliar a
necessidade de proteção ambiental com a necessidade de crescimento econômico.
Os bem informados entendiam que havia outros objetivos, bem mais profundos. Estes
envolviam a transferência de poderes regulamentadores nacionais para vastas autoridades
regionais; a abertura de todas as economias nacionais fechadas a interesses
multinacionais; o reforço de estruturas de tomada de decisões muito acima e
muito abaixo do alcance de democracias nacionais recém estabelecidas; e, acima
de tudo, a integração dos impérios soviético e chinês no sistema de mercado
global. Eu não havia ouvido ninguém usar qualquer nome para esta agenda
bastante grande, de modo que, mais tarde, eu mesmo a batizei – a Agenda de
Governança Global.”
Palavras de uma jornalista (nome
não mencionado) que dedicou textos a Strong em seu livro: “Eu havia chegado à
conclusão de que a poluição trans-fronteiriça estava sendo usada como um
instrumento de mercado para vender aos que ainda tinham dúvidas a necessidade
de adoção de níveis de governança regionais e globais. O ‘pense globalmente,
aja localmente’ era apenas outro slogan propagandístico. O público estava sendo
persuadido a aceitar a proteção ambiental baseada num modelo de mercado:
regulamentações seriam substituídas por leis que permitiriam a comercialização
de débitos e créditos de poluição. Se os associados de Strong fossem bem
sucedidos, em breve, os créditos e débitos de poluição seriam comercializados
globalmente como pernis de porco e derivativos financeiros. Por volta do ano
2000, haveria poucas entidades nacionais independentes capazes de defender as
comunidades locais dos leviatãs internacionais. As comunidades locais
competiriam entre si pelos favores dos grandes interesses. Aqueles de nós que
vivêssemos nas periferias brutais dessas novas potências mundiais se veriam
agradecidos por comercializar com qualquer um, a qualquer preço.”
Em 1991, em Estocolmo foram
reunidas 30 personalidades políticas internacionais para elaborar um manifesto,
que ressalta a relevância dos temas ambientais para a agenda do governo
mundial. Sem disfarce, as intenções
dessa casta de “globalistas” que pretende suplantar os Estados nacionais
soberanos e impor ao mundo uma ordem malthusiana de pesadelo. Strong foi o
principal arquiteto do protocolo que Kyoto. O tratado foi negociado em dezembro
de 1997 e entrou em vigor em fevereiro de 2005. Como meta geral para os países
industrializados, foi prevista uma redução geral de 5,2% das emissões até 2010,
sobre os níveis de 1990.
Entretanto, as grandes
dificuldades que algumas das principais economias industrializadas estão
encontrando para cumprir as metas estabelecidas, além da exclusão dos EUA (que
sozinhos respondem por mais de um quinto das emissões globais) e da Austrália,
que não ratificaram o acordo, estão preocupando os “aquecimentistas”, que já
trabalham para o cenário pós-Kyoto, em função de que as metas do tratado
deverão ser revistas em 2012.
O próprio Strong admite: “Kyoto
foi uma primeira etapa essencial, mas bastante modesta, para se lidar com essa
crise, mas ela foi severamente enfraquecida pela retirada dos EUA, a principal
fonte de emissões de gases de efeito estufa, e pela retirada de outros,
inclusive, lamentavelmente, o Canadá. (...) Não devemos nos deixar iludir pelos
negadores que defendem que a ação deve esperar pela certeza científica, que
será uma carga muito grande para a economia, o que significa os seus próprios
interesses especiais. (...) Mais e mais corporações têm demonstrado que, longe
de ser uma ameaça para a economia, essas medidas proporcionam uma nova geração
de oportunidades econômicas. (...) Já está claro que o Canadá, como vários
outros países, não cumprirá as suas metas de Kyoto. Isto não pode ser usado
como pretexto para abandonar Kyoto. Com todas as suas imperfeições, é muito
melhor usá-lo como base para negociar um novo acordo quando as metas existentes
expirarem, em 2012. É claro que a China, Índia e outros países em rápido
desenvolvimento, que agora respondem pela maioria dos aumentos das emissões de
gases de efeito estufa, precisarão participar.” (...)
Fichado por Kelly Leão
Nem é preciso entrar no cerne e nas entranhas do texto, nem ser técnico ou versado no tema, basta apenas uma leitura crítica, que leva ao embate entre defensores do Aquecimento Global e céticos, uma peleja muito semelhante àquela entre acadêmicos que dispensam um criador para o universo e os teólogos e espiritualistas, que fazem contraparte... Parece não ter fim e talvez nem tenha fim esses embates. Talvez a humanidade um dia sucumba e nenhum ponto de vista prevalecerá sobre o outro. Enquanto isso, o egocentrismo, a vaidade e o orgulho é que ganham a disputa na realidade. Enquanto isso, a civilização perde, pois onde mais deveria haver união e sinergia na resolução de problemas sócio-ambientais, há somente subtração de forças e talentos desperdiçados numa tolice...
ResponderExcluirAgora, não desejando mostrar-se favorável a uma corrente de pensamento qualquer, uma coisa é clara: até onde pensam levar os céticos esses pensamentos? Não lhes parece que podem ser simples silogismos ou sofismas?
Por exemplo: os países ricos não seriam os primeiros a defender o ceticismo, não lhes seria mais favorável as suas ações de poder e ganância?
Ora, esse ceticismo está mais alinhado a mais uma teoria conspiratória do que a prática da boa ciência...
Não estou contra os céticos, mas para mim eles com essa postura, não levarão seus brados além do deserto - não passará de simples conjecturas de certos acadêmicos...
Mas, estes embates não são nenhuma novidade, eles sempre existiram na história da ciência, certas vezes para melhoria do conhecimento, outras vezes, para atraso da ciência, pois por exemplo, na Biologia até hoje, encontramos acadêmicos criacionistas e evolucionistas. Até aí, nenhum problema. A perda para o conhecimento científico surge justamente, quando observamos o fator tendecionismo sempre presente no espírito de cada pesquisador, em vez de haver livre pensamento, liberto de tendências e de certos sistemas dogmáticos, seja na religião, quanto na ciência...