O Discurso do Agronegócio
Em
outras palavras, o discurso do agronegócio e de sua classe beneficiária é de
que ele é importante para o crescimento do país através da sua produção. Este
discurso é apoiado pela mídia e incentivado pelo governo. Na verdade, o
agronegócio produz com a finalidade de exportação, de lucro final e total. Não
se importando ou mobilizando para o bem estar social no país. Com isso, o aumento
das exportações, o Estado ganha status no cenário internacional através do
aumento da balança comercial... nada além disso. O setor do agronegócio concentra
terras para a produção, elimina empregos uma vez que se utiliza de tecnologia
de ponta para todos os estágios da produção, motiva violência uma vez que
necessita da acumulação de terras que poderiam estar sendo distribuídas entre a
população do campo, emprega mão de obra em situação análoga a escravidão,
manipula a mídia para que o torne bem visto para as massas alem claro de
manipular o Estado que o financia, subsidia, perdoa dívidas e cria todas as
condições necessárias para o seu desenvolvimento e prosperidade. Mas uma vez
lembrando que o lucro é concentrado entre as poucas empresas que dominam o setor.
O Brasil só se beneficia com status ao ter o superávit na balança comercial
difundido internacionalmente. No âmbito político, tudo conspira em favor do
agronegócio, uma vez que o legislativo, quando não “comprado” pelas empresas do
ramo, se compõe dos próprios (grandes agricultores ou pecuaristas que chegam a
ocupar cargos públicos).
Com
isso, os recursos da União que poderiam resolver centenas de problemas de cunho
social, são “legalmente” direcionados para o agronegócio.
Outra
fantasia absurda é a sustentada pela mídia e Estado, de que o agronegócio é
produtor de alimentos. Mentira. Quem produz alimentos para consumo interno é o
pequeno produtor!
Ainda pode se
somar a este cenário o grande emprego de recursos naturais, mais
especificamente a água (hidronegócio). A produção em todo o seu processo
consome nossos recursos naturais, é exportada e o lucro mal distribuído, ou
melhor não distribuído a contento da nação e sim concentrado entre aqueles que
detém o “poder capital”.
Resumo das explanações em sala de aula.
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