quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Transcrição de Aulas GMA


**** IMPORTANTE: ESTE AMONTOADO DE INFORMAÇÕES SEM MUITA RELAÇÃO NÃÃÃÃO SERVE DE BASE PARA A AVALIAÇÃO, TRATA-SE DE ANOTAÇÕES PESSOAIS QUE SOMENTE FARÃO SENTIDO PARA QUEM ACOMPANHOU A EXPLANAÇÃO DE CADA TEMA EM SALA. SUGIRO A QUEM NÃO PARTICIPOU DAS AULAS, QUE SIGA AS APOSTILAS NA ÍNTEGRA, BEM COMO AS SÍNTESES DOS SEMINÁRIOS ****

Geografia e Meio Ambiente

Princípios da Geografia Humana ( Vidal de La Blache)
Leitura complementar – A construção da geografia humana (Quaíni, Mássimo)
- A filosofia depende do objeto. Mas ela, por vezes, tenta negar com o uso de sofismas.
- Para romper com essa situação, é necessário restaurar a correta relação entre o sujeito do Juízo e o objeto (de modo geral, entre o homem e a natureza).
- É a passagem que realiza Feuerbach (1804-1872) em relação a Hegel (1770-1831).
- Marx declara-se fiel a essas ideias de Feuerbach: “(...) somente se a ciência partir da natureza, ela será ciência real”.
-Baseado em Feuerbach que Marx construiu uma teoria da natureza e do homem muito mais fecunda e rica. Marx critica Feuerbach por ele não alcançar a realidade, por não passar ao terreno histórico-sociológico (materialismo).
*consciência sensível – contato com o objeto
*deve-se sempre considerar o objeto historicamente.
*relação com a natureza a partir do capitalismo: relação de troca.
*perspectiva naturalista nega a atuação do homem na natureza.
*natureza socialmente pensada: construída ou modificada.
*naturalista: desconsidera o homem; Marx não desconsidera, não existe homem sem natureza ou natureza separada do homem.
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Engels critica duramente a teoria do ambientalismo geográfico.
“como se exclusivamente a natureza agisse sobre o homem”
Historicidade da natureza e da mediação humana da natureza como momento que não pode ser suprimido.
o desenvolvimento na formação econômica da sociedade burguesa ser visto como um processo histórico natural.
-trabalhadores privados realizados independentemente um do outro == articulações naturais.
não existem portanto, leis abstratas e imutáveis nem para um mundo natural (...) não existem mais ecossistemas naturais que não sejam já de algum modo, modificado pelo homem.
Se já foi pensado, ai já não é primeira natureza.
a Terra não aguenta mais atender as demandas da população mundial, liga-se a expansão da densidade demográfica + econômica e o resultado é um desequilíbrio incomensurável no meio.
Velocidade de consumo X velocidade de regeneração da natureza.
é o padrão de consumo que ameaça o meio e não a superpopulação
-Geopolítica+geoeconomia=marketing
Interdependência global crescente, problemas ambientais antes eram locais. Agora são interdependentes.
*escala dos problemas ambientais
interdependência econômica e ecológica ente os países
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GRUPO I – GEOPOLÍTICA E BIODIVERSIDADE
- nos anos 80 inicia nos temas ambientais globais, duras motivações importantes/determinantes na questão da biodiversidade.
- biodiversidade: importante para os governos, empresas (traz lucros) ONGs e população.
-investimento das empresas na biodiversidade como um lucro de capital futuro.
-resguardar a existência de diferentes formas de vida na terra; manipulação da vida no nível genético.
Rio+20 – conferência das nações unidas sobre desenvolvimento sustentável ==) o que cada país fez para ISS¿
-economia verde
-muitos impasses, muitos problemas financeiros nas nações desenvolvidas que se mostram um entrave porque desenvolvi – sustentável significa grandes investimentos da biodiversidade.
-nível genético; diversidade e variabilidade, diversidade de espécies; diversidade de ecossistemas; diversidades culturais humana; sociobiodiversidade.
-ameaças: trópicos com a maior parcela de recursos biológicos e genéticos do mundo. Entre 5 e 30 milhões de espécies de organismos;
-o ser humano principal ameaça
-expansão agroindustrial
-não contabilização valor ecológico econômico do capital natural
- a desconsideração das políticas públicas
-polêmicas e conflitos
- a variável científico tecnológica, cada vez mais ganha destaque e se revela ao mundo.
- controle de patentes: nem tudo que é retirado de um território é patenteados pela nação que o mundo abriga.
-conservar para quem¿
-indústrias de biotecnologias
-empresas extrativistas (destruidora e ganhos imediatos)
-conservação
In siter – no próprio ambiente onde se localiza a biodiversidade.
Ex siter: pequenas áreas fechadas (colição de microorganismos ou zoológicos)
- conservar para quem¿
Os países centrais controlam a biodiversidade, não só em seus territórios, mas tbém nos países do sul.
- propriedade intelectual
Disputa pelo controle da informação estratégica a ela associada
- informação contida nos genes dos organismos
-patentes cultivares
-nova variedade viva como um todo
- o agricultor não pode plantar porque é patenteado
- patente de animais
-implicações éticas
-prevenção e combate de enfermidades
-não é patente
-melhoramento de espécies (sementes no caso). Não é patente, é só registro mas pode ser comercializado mesmo assim. Neste caso é permitido o replantio.
-empresas interessada
Biotecnologia
Concentração de capital
Grandes grupos
Declínio da variedade genética
Problemas por ser privado: acesso restrito aos recursos; segurança alimentar
- controle de acesso aos 
Recursos  genéticos.
-iniciado aprox. 1970
-resolução das nações unidas
-conferência sobre a biodiversidade
-criação da comissão de controle dos rec. Gen.
-compensação financeira e percentual nos royalties
-bem público de uso especial
Proteção dos conhecimentos tradicionais
-direito aos ganhos reais
-decisão de uso dos recursos tradicionais
-direito a propriedade intelectual
-diálogo fechado com alguns grupos
-barreiras protecionistas
Riscos da Biotecnologia
-ampliaram as expectativas qto ao potencial econômico e social da biotecnologia
-biosegurança (melhora a produtividade mas destrói a agricultura familiar)
-cabo de guerra: afirmação da soberania Estado nação sobre sua biodiversidade.
-biodiversidade: herança comum da humanidade.
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Pode capitalismo sustentável? – James O’Connor
("melhores momentos" do artigo)
-A sustentabilidade é um problema ideológico e político e não econômico e ecológico
-Apoio “manter o curso da acumulação capitalista em escala global”, “fornecer meios de subsistência para os povos do mundo”, “sustentar sem ceder por parte daqueles cuja subsistência está sendo subvertida por relações salariais e comerciais”.
-A multiplicidade de determinantes implica que não há nenhuma maneira de saber com certeza se as ameaças á espécie vem de si mesma ou de alterações no ecossistema.
- Falar sobre a sustentabilidade de determinadas espécies pode ser mais difícil do que parece e o conceito de crise ambiental pode ser mais problemático.
-O capitalismo tende á auto-destruição e crise, a economia mundial gera maior número de famintos, pobres e miseráveis. A natureza está sob ataque em todo lugar.
-Este artigo analisa algumas evidências sobre a questão do capitalismo sustentável, destacando alguns dos diferentes conceitos de sustentabilidade levantados pelos “verdes” e pelo setor empresarial.
Geografia e Meio Ambiente
Existem poucas expressões tão ambíguas como “capitalismo sustentável”. “agricultura sustentável”, “uso sustentável da energia e dos recursos” ou desenvolvimento sustentável”. O termo “sustentabilidade tem sido empregado com grande frequência e nas mais diversas variações.
O significado de sustentar é apoiar, manter o rumo, preservar um estado de coisas.Prover alimento e bebida ou meios de vida. Persistir sem ceder.
É de escala mundial o interesse em definir estas expressões. Sustentabilidade é uma questão ideológica e política antes de ser ecológica e econômica.
A análise que se faz aqui considera 3 pontos: sustentar o curso da acumulação capitalista em escala global; proporcionar meios de vida aos povos do mundo; sustentar sem ceder por aqueles cujas formas de vida estão sendo subvertidas pelas relações salariais e comerciais. Existe possibilidade de atingir estes níveis de sustentabilidade¿ Quais os meios, como o capitalismo conseguiria isso¿
Quanto à sustentabilidade ecológica, ainda não possui uma definição exata nem entre as ciências que mais se utilizam do termo. Os cientistas tentam correlacionar a interdependência das espécies como o meio, mas não chegam a uma conclusão clara se a ameaça a uma espécie vem de si mesma, do meio ou de outra espécie intrusa.
A problemática aumenta quando ecologistas relacionam diretamente a questão social e econômica com a biofísica.
Não é possível um capitalismo sustentável porque ele tende a auto destruição e a crise. A maioria mundial era um maior número de pobres, famintos e miseráveis. A natureza atacada por todos os lados.
Este artigo analisa algumas evidências sobre a questão do capitalismo sustentável, destacando alguns dos diferentes conceitos de sustentabilidade levantados pelos “verdes” e pelo setor empresarial. Fornecemos um breve relato sobre as condições da economia (ou rentabilidade e acumulação) para discutir a principal contradição do capitalismo, que é a natureza da acumulação de capital.
Crise de custos: as condições de produção
As crises de custos se originam de duas maneiras
A primeira ocorre quando capitais individuais defendem ou recuperam ganhos mediante estratégias que degradam as condições materiais e sociais de sua própria produção ou prejudicar sua longevidade. Este é o caso por exemplo do descuido com as condições de trabalho (o que acarreta num aumento dos custos de saúde); da degradação dos solos (que acarreta declínio da produtividade); ou negligenciamento infra estruturas urbanas que estão se deteriorando (aumentando os custos derivados dos congestionamentos e da vigilância policial).
A segunda maneira é quando os movimentos sociais exigem que o capital seja aplicado na conservação e restauração de melhores condições de vida, quando exigem investimentos na saúde, protestam contra o mal uso ou deterioração do solo e defendem os bairros, a área urbana de forma que aumentam os custos de capital ou reduzem sua flexibilidade. São efeitos econômicos negativos para o capital que se originam de movimentos sociais, populares como trabalhadores, ONGs, mulheres, ambientalistas, sindicatos, etc.
Na atualidade estas duas formas de crise de custos podem se combinar de maneira complexa. Por exemplo, os custos do congestionamento urbano tanto podem ser resultado da grande concentração de pessoas mais o fácil acesso ao automóvel mais a falta de investimentos no transporte coletivo, quanto pode resultar de lutas da comunidade para manter as rodovias longe dos seus bairros.
Condições de produção são coisas que não produzidas como mercadorias, de acordo com as leis do mercado (leis de valor), mas são tratadas como se fossem mercadorias. Em outras palavras, se tratam de bens fictícios com preços fictícios.
De acordo com Marx, existem três condições de produção: a força de trabalho humana (condições pessoais de produção); o ambiente (condições naturais ou externas de produção); a infraestrutura urbana (incluindo o espaço construído, como condições gerais ou comunitárias de produção). Para um capitalismo sustentável é necessário que estas três condições estejam disponíveis na hora e no lugar certo, com quantia, qualidade e preços corretos.
A presença de dificuldades no abastecimento das condições de produção são uma ameaça aos capitais individuais ou particulares, prejudicando programas capitalistas de caráter setorial e até nacional. Dessa forma, os limites de crescimento não são exatamente a escassez absoluta destas condições, mas sim o resultado dos altos custos destas condições de produção.
Os obstáculos ou a escassez que tem origem na oferta geram problemas difíceis para as empresas e para aqueles que formulam políticas capitalistas em períodos de crise econômica. O congelamento ou a queda de rentabilidade obrigam os capitais individuais a procurar reduzir o tempo de retorno do capital, ou seja, acelerar a produção e reduzir o tempo necessário para vender produtos.
Por um lado, o capital “dinheiro” busca mais de si, cada vez mais rápido, por outro, a sociedade com suas leis e normas antiquadras, se constitui como um obstáculo, uma barreira a separada.
O capital “dinheiro”, baseado na expansão do crédito, ou dinheiro que não pode encontrar meios de expressão em bens e serviços verdadeiros, passa por cima da sociedade e busca expandir-se pela via mais fácil, através da compra e especulação de terras da base de valores, mercados de bens, entre outros mercados financeiros.
Surge então uma anomalia econômica atual o valor dos lucros e mais valia é absolutamente maior que o valor co capital fixo e circulante. Isso aumenta o endividamento podendo levar a uma implosão financeira. Também se promove a deterioração das condições de produção ecológica, na medida que o capital financeiro assume a hegemonia dos interesses produtivos.
Ao longo tempo, o capital busca capitalizar a tudo e a todos, em outras palavras, tudo encontra potencial na contabilidade capitalista. Durante milênios o homem vem humanizando a natureza, criando uma segunda natureza.
No entanto, esta segunda natureza é comercializada e valorizada ao mesmo tempo que esta sendo degradada. Exemplo da aplicação da força de trabalho imigrante no norte e do seu alto custo com menção a diferenças de idiomas e ao suporte e os bens naturais comunitários se tornem escassos elevando os custos dos elementos do capital.
A capitalização das condições de produção em geral. E da natureza e do ambiente em particular, tendem a elevar o custo do capital e a reduzir sua flexibilidade. Isso porque os capitais individuais ou particulares são pouco incentivados para utilizar meios de produção sustentáveis, ainda mais quando enfrentam crises econômicas geradas pelo próprio capital. Além disso, os movimentos sociais em geral desafiam o controle do capital sobre as condições de produção.
É importante lembrar que as condições de produção não obedecem normas ou leis de trabalho. Portanto, deve existir alguma agência cujo trabalhador consista em produzir as condições de produção como em regular o acesso do capital as mesmas. Nas sociedades capitalistas, esta agência é o Estado. Todas as atividades do estado estão vinculadas a tarifa de prover ao capital o acesso à forma de trabalho, natureza, infraestrutura e espaço urbano. (ministério do trabalho, educação, agricultura, minas e energia, etc).
As funções específicas a cada uma das três condições de produção se anunciam assim:
a) primeiro referente a força de trabalho, as regulamentações legais do trabalho infantil e relativas as horas e condições de trabalho, assim como a segurança no mesmo.
b) segundo relacionado ao ambiente, as leis que regulam o acesso a terras federais, o desenvolvimento das áreas de plantio e a contaminação.
c) terceiro, referente a infraestrutura e aos espaços urbanos, leis de zoneamento,controle do tráfego, entre outras.
A GESTÃO DA CRISE DE CUSTOS
Os capitais particulares ficam aprisionados entre custos crescentes e de maneira decrescentes, gerando corte de gastos.
Diante a necessidade de reduzir os desperdícios, consumismo verde promove a reciclagem. Neste contexto, existem empresas que se especializam em limpeza ambiental e outras que devido a troca ou adequação dos equipamentos para reduzir poluentes, acabam aumentando o capital.
A melhor solução para o capital em um conjunto que desconsidera a sociedade e a natureza seria reestruturar as condições de produção para que em vez de custos, gerem lucros ou, o aumento da produtividade. Mas é, geralmente o Estado que tem o poder para gerir essas condições (ex: proibição da circulação de alguns veículos no centro da cidade para evitar congestionamento, capacitação profissional e educação, infraestrutura de transporte e comunicações, subsídios para culturas específicas na agricultura, políticas de proteção do meio ambiente, diminuição dos custos dos alimentos e da matérias primas.
Seria necessário destinas grandes somas de dinheiro, desta forma a produtividade a longo prazo estaria garantida, apesar dos enormes gastos imediatos.
Novas indústrias produziriam bens sem ameaçar o meio ambiente, transporte urbano e educação contribuiriam.
Mas a lógica do capital em expansão é anti ecológica, anti urbana e anti social. Mesmo nos países capitalistas mais desenvolvidos existe uma agência estatal que passa promover um planejamento ecológico, urbano e social integrado.
CONSEQUÊNCIAS ECOLÓGICAS DE UMA CRISE ECONÔMICA GLOBAL
Já sabemos que o capitalismo não pode ser sustentável em termos globais. Pode ocorrer uma crise econômica global gerada pela demanda ou pelos custos. A partir daí, o capital, numa tentativa de manter seus lucros, o fará mediante maiores custos e exploração do meio ambiente e a sociedade sem que os Estados nada possam fazer.
As lutas ambientais assim como a regulamentação ambiental forçam o capital a internalizar os custos de modo a enfraquecer gradativamente o Estado.

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