quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Arquipélagos Mercantis



Arquipélagos Mercantis
                Os arquipélagos mercantis eram regiões que produziam independente de um sistema de redes, ou de estarem interligadas entre si. Era uma economia central, cuja produção quase sempre voltada ao mercado mundial, à exportação se fazia com base numa combinação de fatores produtivos que definiam as atividades de cada uma dessas regiões que se dividiam em cinco como veremos a seguir.
                A região que agregava Nordeste e Bahia viu o declínio da produção açucareira ofuscada pela produção do fumo que demandava pouco ou nada de investimento para fertilização do solo. Outra atividade da região entrou em declínio também, a produção de algodão que alimentava o mercado americano que, devido a uma guerra deixou de comprar o algodão brasileiro cuja produção era grande demais para ser absorvida pelo mercado interno. Sem esta demanda, os produtores foram obrigados a mudar de cultura, aderindo ao cultivo da cana de açúcar apesar dos investimentos no solo que esta requeria. Esta região também se destacou pelo alto índice de exportação de mão de obra, isso porque, não que houvesse uma superpopulação, mas porque as oportunidades de trabalho era insuficientes para atender as demandas de sustento de todos, de forma que muitos trabalhadores migraram para outras regiões, passando a compor num outro cenário, inclusive, o trabalho escravo. Destes, a maioria migrou para a região das minas.
                Já na Bahia especificamente, a atividade de destaque era a produção de fumo, justamente porque não demandava investimentos de fertilização do solo. Assim sendo, o estado se tornou o principal produtor de fumo do Brasil. Na parcela sul do estado, a produção de cacau atingiu níveis de destaque, tendo sido favorecida pelas condições do meio que muito se assemelhavam às da região amazônica.
                No Centro e no Sul, vários fatores influenciaram nas produções que desenvolveram-se e destacaram-se mais do que em outras regiões. Dentre estes fatores, o capital acumulado no Rio de Janeiro que financiava os produtores, aliado ao trabalho escravo conseqüente da decadência das minas e a grande disponibilidade de terras propícias ao cultivo são os de maior relevância.
                Já na região da Amazônia a extração de látex era a principal atividade da floresta equatorial. Expandiu-se graças a vinda do trabalhador nordestino que fugia das secas e da falta de trabalho em sua cidade. A navegação como principal meio de transporte por ser o único que possibilitava o escoamento da produção alem dos demais fluxos comerciais. Belém e Manaus sediavam as empresas exportadoras que monopolizavam a produção da borracha, em sua maioria, empresas de origem alemã, inglesa, francesa e norte-americana que revertiam o lucro para suas matrizes.

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